sábado, 6 de fevereiro de 2010

Gays de direita

Ruiz Gallardón, um heterossexual, aparece na capa da revista gay mais importante da Espanha, Zero, que não mencionou seu adversário do PSOE (Partido Socialista Obrero Español), Miguel Sebastián, apesar de ser homossexual segundo a publicidade que divide seu partido entre os que “entendem”.
Uma omissão que irrita os homossexuais que dizem que para sê-lo há de ser socialista.
Ainda que Luís Margol, o melhor cronista cultural e estrela literária do bairro gay madrileno de Chueca, que escreve com a graça sofisticada dos autores infames franceses, disse que a maioria dos gays é como ele, de direita.
Margol incorporou ao castelhano dois termos que rompem com a ideia dos esquerdistas como representantes exclusivos dos gays.
Um é o "Liberogay", ou gay liberal, que corresponde ao individualista, que foge da massificação e do gregarismo ideológico: de direita.
De esquerda, o "Mariprogre" (bicha progressista). Segundo Margol, o mariprogre é masoquista e suicida, enquanto deprecia muitas democracias nas quais os homossexuais são livres, incluída a israelense.
Obviamente, o que distingue o “liberogay” do “mariprogre” não reside somente na sua visão das sociedades em relação aos homossexuais. Obedece também a uma análise sobre a economia e o respeito pelas liberdades individuais, sem imposições políticas.
Os liberogays não são dogmáticos, diz Margol, não seguem doutrinas fechadas e, ainda que militem em partidos de direita, não se sentem presos a seus dogmas.
E assegura que no mundo de Chueca há majoritariamente liberogays, algo que ocorre também nos grandes grupos de homossexuais. Talvez seja por isso, acrescenta, que as ditaduras defendidas pelos mariprogres perseguem seus incontrolávies dissidentes, os gays.

Fonte:
VAL, Manuel Molares do. Gays de derechas. Crónicas Bárbaras: 14/05/07
http://cronicasbarbaras.blogs.com/crnicas_brbaras/2007/05/gays_de_derecha.html (acesso em 06/02/2010) Tradução e adaptação por Q-Libertários!

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