Perguntas frequentes

“Não viverás a vida de outra pessoa e não permitirás que ninguém viva a tua vida”. – Ayn Rand (1905-1982)


Por que o nome Q-Libertários?
“Q” é uma abreviação da palavra inglesa “Queer”. Esta palavra significa “estranho”, “esquisito” e é utilizada para descrever todas as pessoas que são homossexuais, bissexuais, transgêneros, intersexos entre outras designações. Claro que, mesmo assim, essa palavra chega a ser reducionista. Contudo, consideramos uma boa opção.
O termo “libertário” corresponde a um tipo de pensamento político contemporâneo cujas raízes remontam ao Jusnaturalismo racional e ao liberalismo clássico. Na realidade, no contexto norte-americano (Canadá e Estados Unidos) o libertarianismo corresponde ao liberalismo político e econômico mais comumamente aceito nos países europeus e latino-americanos.
Por sua vez, nos EUA a palavra “liberalismo” é utilizada para descrever o que, no Brasil e em Portugal, corresponderia a um keynesiano ou a um social-democrata.

Por que Q-Libertários e não Gays-Libertários ou Homo-Libertários?
Por causa do seu significado. A palavra “gay” é restrita demais. A mesma provém do idioma inglês e significa “alegre”, “jovial”. Contudo, a partir do século XX, essa palavra passou a ser usada para designar homens e mulheres homossexuais e foi aí que a mesma se apresentou problemática.
Usar o termo “gay” faz sentido dentro de determinados contextos: o anglo-saxão (Reino Unido, EUA, Canadá, etc), o europeu e globalizado. Mas não serve para descrever outros contextos históricos, sociais e culturais. Talvez faça algum sentido chamar um jovem urbano que frequente boates gays, ouça determinados estilos musicais (tidos como gay music ou g-music) e siga determinados códigos e comportamentos. Mas chamar um outro jovem homossexual, dentro de uma cidade perdida do interior da Somália de “gay” é no mínimo falta de informação.
O gay atual é uma nova expressão social com uma orientação sexual sendo o fator de identidade. Mas ser gay não tem que ter necessariamente alguma ligação com homossexualidade. Há muitos homossexuais que não se identificam com o estilo de vida gay e não se identificam como tais.
Por isso, para abarcar todos que não fazem parte da heteronormatividade se fez a preferência pelo termo “queer”.

O Q-Libertários é de direita ou de esquerda?
A visão de que todas as pessoas têm que ser de esquerda ou de direita é, atualmente, reducionista. A amplitude das filosofias políticas não é redutível a esta classificação histórica da divisão entre monárquicos e jacobinos. Há quem acredite que os liberais (libertários) tendem a estar mais ou menos ao centro:

Grosso modo, pode-se dizer que em termos econômicos, os libertários tendem a concordar mais com a direita; e em termos de direitos cívis tendem a concordar mais com a esquerda.


O que é homofobia?
Por homofobia (em grego “ομοφοβία”, homo = “igual”, fobia= "medo"), entende-se como um neologismo que surgiu nas últimas décadas do século XX e que significa medo, ódio ou aversão a pessoas homossexuais.
Há discordâncias sobre o uso da palavra homofobia e em que determinados contextos a mesma pode ser utilizada. Acredita-se que seu uso excessivo possa servir para designar qualquer discordância ou oposição a determinados pontos de vista defendidos pela maioria dos movimentos LGBT.
Ao contrário do que é algumas vezes aceito (ou imposto) dentro dos meios e movimentos LGBT, a homofobia não é algo ligado a grupos religiosos ou de direita. De forma tendenciosa e depreciativa, os mesmos fazem questão de ressaltar as perseguições que homossxuais levaram pelas ideologias ligadas à direita política e/ou ao capitalismo, mas fazem um completo silêncio sobre a homofobia sofrida pelos LGBT em países de orientação comunista e/ou socialista bem como na maior parte do mundo muçulmano.

Qual deve ser o papel dos movimentos de direito LGBT?
Acreditamos que a verdadeira função dos movimentos de militância LGBT deveria ser proteger os homossexuais, a lutar pelos direitos civis e pela liberdade individual. Contudo, os mesmo grupos parecem muitas vezes empenhados em querer destruir tudo e todos que discordem de seu ponto de vista. Ao eliminar toda discordância, o que nos resta é uma “bíblia” de concordância e submissão ao manual politicamente correto (e tirânico).

As pessoas nascem ou se tornam homossexuais?
Muito já se estudou sobre homossexualidade, mas ainda não se sabe. Com base em experiências e depoimentos, posso afirmar que muitos dizem se sentir homossexuais desde a infância, enquanto outros dizem que ‘despertaram’ para esse interesse na adolescência ou mesmo na vida adulta. Existem diversas leituras psicológicas e sociológicas sobre o tema, mas nenhuma concluída. A tese mais aceita atualmente é de que a orientação sexual é uma soma de fatores sociais, culturais e psicológicos.

Uma pessoa homossexual pode tornar-se heterossexual ou vice-versa?
Esse assunto tem sido o calcanhar de Aquiles de muitos homossexuais e organizações LGBT. Se a orientação sexual é algo inato ao ser humano, então a homossexualidade poderia encontrar um respaldo na genética. Mas como dizem: o buraco é mais embaixo...
O fato é que inúmeros psicólogos e especialistas das mais diversas escolas são categóricos: a semelhança entre todas as pessoas é que ninguém nasce pronto, formado, e a nossa sexualidade está em constante mutação.
Uma pessoa (homo ou bissexual) liberta de suas neuroses e de seus complexos de inferioridade não se sente ameaçada e abalada na sua liberdade com alguém que fez um caminho contrário ao dele. Afinal, estamos aqui a busca da felicidade. Se pararmos para pensar, no final das contas não há uma forma única, pior nem melhor de vivenciar a sexualidade. Há, isso sim, a mais adaptada e saudável para cada de nós em cada momento da linha da nossa vida. A estrada da vida e da sexualidade nem sempre é em via de mão única.

Para mais perguntas (nem todas com respostas), sugestões, reclamações ou correções, envie um e-mail para qlibertarios@yahoo.com.br

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