Faz alguns meses que não usava o término “mariprogre” (veado progressista), termo cunhado por mim nos tempos de LD (Liberdad Digital), de tão ofendidos e ultrajados que alguns se sentiram. Bem, peço desculpas, mas há afrontas muito mais graves e prejudiciais que as que eu possa fazer ao usar um neologismo bastante descritivo. Refiro-me à imprestável atitude do coletivo LGTB asturiano XEGA, que na semana passada se recusou a participar dos eventos em memória do Holocausto.
Antonio José Chinchetru, a quem alguns leitores vão lembrar que eu sempre o considerei um verdadeiro “fag-hag”, ou seja, um maria-purpurina, explica o acontecimento na sua primeira coluna em Factual:
Como pretexto para justificar sua ausência, os responsáveis da associação argumentam que “nós tememos que nossa presença no mesmo pudesse ser considerada um apoio à política do governo de Israel em relação ao povo palestino”. A resposta, que a própria organização publicou em seu website, acrescenta um parágrafo condenando o único Estado democrático do Oriente Médio.
Os membros do XEGA são absolutamente idiotas ou apenas se fazem? Só lhes falta dizer a denúncia em seu website que fazem execuções de homossexuais naquele país [1] (ou tinham, pois já não tem; a retiraram para não ofender os mulás?) não é uma questão da teocracia, nem muito menos de sua política antissemita que pretende varrer Israel do mapa. Que cambada! Organizações desse tipo são verdadeiras fábricas de homofobia. Gentalha. Por certo, o pessoal do XEGA tem a ideia de que os homossexuais foram mortos pelos nazistas? Sabem de onde vem o triângulo rosa? Uma coisa é que te dê curiosidade (ou obrigue a usar) uniformes militares, e outra que se negue a participar de uma cerimônia que também lembra os torturados e assassinados por serem como você porque pensa – ao mesmo parece pensar – que algumas das vítimas o teriam merecido. Repugnante.
Faz alguns dias, Cathty Young publicou um artigo esclarecedor da utilização do debate sobre a política exterior de Israel para promover o ódio aos judeus, principalmente na esquerda, e também do temor de ser rotulado de antissemita cria na hora de abordar questões como a política do Oriente Médio. O caso do XEGA é um exemplo perfeito do primeiro caso. Nem mesmo Paul Auster – já sei, muito desprezado, e seu último romance é meia-boca e mega pretensioso; mas o homem tem boa intenção – se havia ocorrido uma situação mais grotesca e ridícula que uma vez mais coloca em evidência a impostura moral e intelectual de muitas das chamadas organizações de direitos humanos.
Don’t believe the hype!
Notas:
[1] O autor se refere ao Irão (ou Irã, em português brasileiro)
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MARGOL, Luis. Antisemitismo mariprogre. Disponível em http://chuecadilly.wordpress.com/2010/02/03/antisemitismo-mariprogre/ (acesso em 21 de julho de 2010). Tradução por Q-Libertários!
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