domingo, 18 de outubro de 2009

Criticar o “ativismo gay” não é “homofobia” + Comentário do Blog

O breve texto a seguir descreve um caso isolado, em que uma revista de orientação católica foi processada no Canadá por expor uma visão diferente acerca da homossexualidade. Não tive acesso a tal material, mas pelo que foi exposto no texto, não compartilho com a visão de tal periódico. Contudo, algo me chamou a atenção: a incoerência em que boa parte dos movimentos LGBT tem se posicionado e agido (coagindo?) opiniões contrárias às suas.
Temos muitos exemplos para citar, como o caso do pseudo-humorista João Kléber, que foi processado por suas “piadinhas” e “pegadinhas” que supostamente seriam ofensivas aos homossexuais. Seu programa foi tirado do ar e substituído por propagandas ideológicas de entidades de esquerdas ligadas, obviamente, a partidos de esquerda.
Um outro caso conhecido é o do falecido deputado Clodovil (que não era liberal) ter sido vaiado por discordar de algumas opiniões do movimento LGBT. Quer dizer, se você enquanto homo ou bissexual não levantar a bandeira de associações gays você está com homofobia “internalizada”.
Esses movimentos LGBT realmente são engraçados. Clamam por direitos e igualdade mas tratam os adversários aos pontapés, impedindo-os de expor um ponto de vista oposto. Programas televisivos só podem existir se forem produzidos e veiculados por militantes ou gays friendly [1]. Um homossexual será liberto somente quando for um gay, ideologizado, “politizado”, com uma bandeira arco-íris na mão e gritando slogans da moda.
Isso de que “vou defender a causa custe o que custar” já demonstra o quão autoritário é esse argumento. Quer dizer, devo passar por cima das leis, da ética, do discurso, da democracia? Então se igualam aos reacionários e homofóbicos que tanto combatem.
Todos sabem que os grupos de militância gay fazem um trabalho político-partidário, vinculado aos partidos de esquerda. Vêm com um discurso inadequado e ultrapassado e acabam afastando homo ou bissexuais honestos que desejam lutar pela real igualdade entre as pessoas. Bem, acredito que falei demais. Teremos outras oportunidades para falar mais desse assunto específico. Aqui vai o texto:


Criticar o “ativismo gay” não é “homofobia”


A revista Catholic Insight, que é publicada em Toronto e divulga uns 4.000 exemplares por assinatura, não é culpada por incitar o ódio contra os homossexuais, declarou a Comissão Canadense de Direitos Humanos. A publicação foi denunciada pelo ativista gay Rob Wells em fevereiro do ano passado pelo fato de – segundo o mesmo – apresentar os homossexuais como um grupo que tenta “tomar o controle das principais instituições da sociedade”, bem como [retratá-los como sujeitos] violentos, perigosos para as crianças e “desprovidos de toda qualidade positiva e intrinsecamente maus”. Em apoio a essas alegações, a denúncia, de três páginas, citava trechos de artigos publicados pela revista.

Catholic Insight negou todas as acusações e replicou que as citações haviam sido escolhidas de forma parcial e fora de contexto. A revista, disse seu diretor, o padre Alphonse de Valk, sustenta, de acordo com a doutrina católica, que a homossexualidade é objetivamente desordenada e critica os objetivos do ativismo gay, mas não ataca indivíduos ou grupos. A Comissão de Direito Humanos lhe deu razão: na sua opinião disse que os textos denunciados não provocam ódio ou desprezo contra nada por motivo da orientação sexual. A decisão pode ser objeto de recurso para o Tribunal Federal do Canadá.

Após a decisão, De Valk disse que a revista tem todo o direito e também a responsabilidade de dar informações e comentários sobre o “ativismo homossexual” e seus objetivos, como o matrimonio gay ou a adoção de crianças. “É chocante que se possa processar uma publicação simplesmente por informar sobre essas questões polêmicas”, comentou.
De Valk saúda a resolução do caso, mas adverte que para sua modesta revista pode ser uma vitória pírrica, uma vez que a defesa contra o processo consumiu muitas horas de trabalho durante um ano e custou certa ce 20.000 dólares canadenses (equivalentes a 12.500 euros). Se Wells recorrer, o novo processo envolverá custos semelhantes.


Veja o artigo original: Catholic magazine not guilty of hate. 

Fonte: Aceprensa (acesso em 15/10/2009)

 

Traduzido e adaptado por Q-Libertários!

 

Nota:

[1] Gay friendly - termo de origem inglesa que faz referência a lugares, políticas, pessoas ou instituições que buscam criar um ambiente amigável aos LGBT.

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